Depoimento: Vivência de um Parto Humanizado & Vida Materna na Carreira Profissional, por Larissa Lacerda

A Quallity Psi está com uma série de depoimentos/entrevistas com mulheres sobre a “Vivência de um Parto Humanizado & Vida Materna e Carreira Profissional”, para orientar sua leitura nós dividimos a coluna em dois blocos: “Maternidade e Parto Humanizado” & “Vida Materna e Carreira Profissional”. Nossa coluna começa com os relatos de Larissa Lacerda Oliveira (32 anos, Delegada de Polícia e moradora de Vila Velha). 

 

Sobre Maternidade e Parto Humanizado

 

1. Como foi para você a descoberta da maternidade? 

Larissa: A minha primeira maternidade foi planejada, parei de tomar o remédio e como tinha ovário policístico, esperava que pudesse levar algum tempo para engravidar. Levei sete meses para engravidar a primeira vez e foi apenas o terceiro ciclo menstrual. Foi maravilhoso descobrir que estava grávida, mas como tudo na maternidade a descoberta foi cercada de medos. Mas aos poucos foi tudo dando certo. Já minha segunda gravidez foi um susto, engravidei quando minha primeira filha tinha apenas 4 meses, foi no meu primeiro ciclo menstrual pós gestação. Mas, apesar do susto, o medo já não me abalou. 

 

2. O que significa ser mãe para você e o que a maternidade representa nessa sua nova fase de vida?

L: Hoje ser mãe já me representa por inteiro. Sou mãe, sou uma mãe que é esposa, uma mãe que é mulher, sou uma mãe que é profissional, uma mãe que cuida de casa, mas ser mãe é meu principal papel. Descobri o que mais gosto de ser na vida: mãe.

 

3. O porque da escolha de um parto humanizado? E o que para você significa ter um parto humanizado? (como foi o processo de tomada de decisão, como seu parceiro atuou nessa decisão, quais fatores levou em conta para optar…)
L: A gente sempre ouve aquela velha conversa: no parto normal a mulher sai zero, o pós parto é ótimo, já na cesária o pós parto é terrível. O que na prática, com o tempo, fui vendo que não era bem assim. Cada uma vai descobrir o que é melhor, mais viável em seu caso específico. Mas parti dessa premissa e inicialmente queria um parto normal. Após essa decisão comecei a pesquisar e fui entender o que era um parto humanizado.

Coincidentemente no meu trabalho uma psicóloga iniciou um projeto de parto humanizado, fui sua primeira paciente e ela foi minha doula nos dois partos. Com esse acompanhamento pude perceber que o principal do parto humanizado é o conhecimento que a mulher pode buscar de todas as fases da gestação e do parto. É quase uma questão de autoconhecimento e acho que isso faz a descoberta da maternidade acontecer de forma mais natural e madura. Meu marido me apoiou na decisão e participou de tudo comigo.

 

4. Como foi o processo da escolha da Doula ? (É bom explicar como foi a busca por ela, tipo indicações, quantas conversou até achar aquela que iria fazer o seu parto…)

L: O meu processo de escolha foi diferenciado por essa facilidade que eu tive de ter um projeto de apoio no meu trabalho.

 

5. Como a Doula atuou no seu processo de gestação?  

L: A minha Doula atuou durante toda a gestação com oficinas de primeiros cuidados, amamentação, relatos de parto, consciência corporal, durante o trabalho de parto e inclusive no pós parto.

 

6. Você teve alguma surpresa na sua experiencia do parto humanizado? 

L: Tive várias surpresas! Foi o momento mais intenso que já vivi.

 

7. Alguma experiencia ruim nesse processo de parto humanizado? 

L: Não tive! Graças a Deus! Tive muito apoio e o mais importante é estar bem informada para que tenha previsão de tudo o que pode acontecer para que não transforme os acontecimentos em experiências ruins.

 

8. Você indicaria esse tipo de parto? Se sim ou não, porque.

L: Sim. Acho um grande desafio, algumas vezes não é uma questão de escolha da mulher, acho que isso tem que ficar bem claro, mas passar por esse processo de ao menos tentar é sobretudo um momento de autoconhecimento e empoderamento. No parto humanizado conheci o significado de empoderamento.

 

9. Poderia nós dizer sobre alguns mitos e verdades sobre a vida materna e o parto humanizado que descobriu com sua vivencia. 

L: Acho que o primeiro mito é o pós parto! Tive duas experiências, fiquei muito cansada no meu primeiro parto, nem tanto pelo trabalho de parto em si, mas tive “placenta acreta” que é quando após o parto a placenta não se desprende do útero e essa retirada da placenta foi bem desgastante. Me senti mais cansada do que muitas amigas que fizeram cesária. Já na segunda experiência foi bem tranquilo, foi mais intenso, mas menos cansativo e mais rápido. O pós parto foi realmente tranquilo.

Outros mitos são aqueles de quadril largo boa parideira… Eu tenho quadril super estreito e ele não alargou em nenhum momento e tive dois partos normais humanizados. Quanto à maternidade o mais imprevisível é a amamentação, tudo o que a envolve acho que é mito! Aprendi que é necessário calma e apoio principalmente de uma profissional competente e todos aqueles mitos e conselhos das pitaqueiras de plantão devem ser deixados de lado. Outro mito é quando nasce um bebê nasce uma mãe. Acho que a mãe vai sendo construída diariamente, com cada fase e cada aprendizado.

 

10. Poderia contar para nós como foi o processo de escolha também da equipe que realizaria seu parto, como hospital medico e Pré-natal. 

L: A minha obstetra sempre me acompanhou como ginecologista, então foi um processo fácil, era alguém em quem eu já confiava e coincidentemente ela só realiza partos no hospital onde eu gostaria de ter mesmo.

 

 

Vida Materna e Carreira Profissional 

 

12. Como é para você lidar com a sua carreira profissional e a vida materna? (É bom falar um pouco sobre suas dificuldades e superações)

L: Todos os dias saio de casa dividida. Mas acho importante o que o trabalho me traz que é me lembrar que uma parte da mãe também é mulher, tem sua individualidade e suas conquistas pessoais. O trabalho me traz isso, sinto que realizo algo por mim mesma, saio daquele foco exclusivo dos filhos que também é cansativo, volto pra casa cheia de saudade e mais disposta a ter qualidade no meu tempo com eles.

 

13. Na sua rotina profissional sofreu algum impacto devido sua vida materna? Se sim quais.  

L: Sim. Na realidade toda a vida foi transformada. Agora tenho que ter rotina nos meus compromissos, pois tenho hora pra chegar em casa e se preciso alterar meus horários tenho que fazer uma logística, hoje não posso mais contar com imprevistos. E meu trabalho tem muitos imprevistos, então tenho que sempre estar atenta para me antecipar. 

 

14. Você poderia dizer para nós quais mitos e verdades que constatou com sua vivencia com Carreira e Vida Materna. 

L: Acho que a mulher tem uma capacidade incrível de acumular papéis, e acho que ela deve buscar o equilíbrio, pois tem dias que sou melhor mãe, mas tem dias que sou melhor profissional do que mãe. As vezes quero muito brincar com meus filhos, mas as vezes quero mais tempo para me dedicar ao trabalho. Por isso acho que o equilíbrio é o fundamental em todos os papéis que as mulheres têm para desempenhar.

 

 

 

Qual o sentido daquilo que fazemos ?

Essa frase reflexiva vem a partir do vídeo da palestra de Mario Sergio Cortella, provoca-se em pensar nas seguintes perguntas:

“Qual é a marca que eu e você deixamos?”

“Você vê sentido no que faz?”

Às vezes nós paralisamos nos eventos cotidianos e nós paralisamos (cristalizamos) nosso fazer laboral, onde não há espaço para (re)inventar e para (re)criar; não temos tempo, estamos cansado, o sistema do seu trabalho te captura num ciclo de desistência da vontade de mudar. Vive-se aprisionados no mesmo, num mundo da dinâmica, da instantaneidade, Ele relembra a musica do Carlos Imperial chamada A praça: “A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores e o mesmo jardim”.

“Verifique se o mesmo encontra-se parado” (placa do elevador)

“Você continua parado no mesmo?”

Cortella usa dois termos super interessante autopsia, é a identificação da causa da morte; e biopsia é observar de uma coisa viva a causa do problema e corrige para que ela continue viva. Ele utiliza para questionar a forma que o professor olha para seus alunos, mas podemos expandir para a forma que olhamos para as pessoas do nosso dia a dia, na nossa casa, trabalho e amigos.

Questiona-se o modo que você exerce sua profissão, ele utiliza o professor. Mas, esse exemplo pode se utilizar para as outras profissões:

Professor diz: “Os alunos de hoje não são mais os mesmo”

(…) apesar de saber que os alunos não são mais os mesmo, continua a dar aula do mesmo modo que ensina há 15 ou há 20 anos. Se sabe que não são mais os mesmos como é que continua fazendo do mesmo jeito? Quando dá errado de quem é a culpa? Dele que não quer saber de nada (…)

 

Confira a palestra do Cortella ele foca mais na docência, mas vale a pena conferir:

 

 

Tamires Mascarenhas

Psicóloga CRP-16/3601
www.tamiresmascarenhas.com

Saúde & Bem Estar: Dicas para manter ou perder peso

Hoje muitas pessoas estão em busca de um corpo bonito e saudável, porém muita das vezes se esforçam e não conseguem adquirir o corpo que tanto desejam e acabam se perguntando: Por que não consigo perder peso se eu tenho uma alimentação saudável e pratico atividade física? Por que não consigo ganhar massa magra sendo que tomo vários suplementos alimentares e pego pesado na academia? Essas perguntas podem ter varias respostas, vejamos a seguir algumas delas:

  • Algumas pessoas tem o pensamento errado que se o alimento ser light podem comer a vontade que não haverá alteração no peso, sendo que dependendo da quantidade que for consumido, o valor calóricos pode ser igual ou até mesmo maior que de um alimento semelhante não light;
  • Consomem mais calorias do que seria o ideal para o próprio organismo Algumas pessoas passam por um curto prazo de tempo fazendo dieta (muitas vezes não orientadas por nutricionistas) e praticando atividade física, por perceberem que não estão perdendo peso, muitas desanimam e desistem;
  • Dosagens inadequadas e horários errados são fatores que fazem com que a suplementação associada à atividade física apresente resultados inversos e indesejáveis;
  • Problemas hormonais;
  • Não comer nas horas certas;
  • Horas de sono perdidas;
  • Ansiedade e outros problemas emocionais;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Uso de remédios;
  • Comer em excesso nos finais de semana.

 

Quer perder peso de forma saudável?

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Lidiany Barros
Nutricionista
CRN: 15100403

nutrilidianybarros@gmail.com