O que é? É um padrão de comportamento intencional e repetitivo (intimidação sistemática) em prejudicar e humilhar o outro, que sinaliza ser mais vulnerável do que o agressor. Segundo a Lei nº 13.185/15 define-se bullying como todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.
Segunda a lei citada acima este pode ter caracteristica como: violência física, psicológica em atos de intimidação, humilhação ou discriminação, ataques físicos, insultos pessoais, comentários sistemáticos e apelidos pejorativos, ameaças por quaisquer meios, grafites depreciativos, expressões preconceituosas, isolamento social consciente, premeditado e pilhérias (coisa que se diz com o intuito de ser engraçado ou sarcástico com intenção humorística e ofensiva).
Pode-se classificar o bullying como:
Verbal: insultar, xingar e apelidar pejorativamente;
Moral: difamar, caluniar, disseminar rumores;
Sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
Social: ignorar, isolar e excluir;
Psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, manipular, chantagear e infernizar;
Físico: socar, chutar, bater;
Material: furtar, roubar, destruir pertences de outrem;
Virtual (Cyberbullying): depreciar, enviar mensagens intrusivas da intimidade, enviar ou adulterar fotos e dados pessoais que resultem em sofrimento ou com o intuito de criar meios de constrangimento psicológico e social.
Não existe uma causa única para o comportamento de bullying, as pesquisas sugerem que as características de personalidade do agressor possuem influência como tendência a comportamentos agressivos, combinados com força ou fraqueza física, há indicativos do agressor gostar de estar “no controle”, subjugar os outros, encontram satisfação em causar lesões e sofrimento a outros alunos.
Os alunos que praticam bullying geralmente são recompensados de alguma forma por seu comportamento. Isso pode ser recompensas materiais ou psicológicas, como forçar o aluno que sofre bullying a lhe dar dinheiro ou desfrutar da atenção, status e prestígio que recebem de outros alunos por causa de seu comportamento. Os alunos que intimidam os outros podem ter algumas características familiares comuns, como pais que não estão muito envolvidos na vida de seus filhos, que carecem de calor e envolvimento positivo. Alguns pais podem não ter estabelecido limites claros para o comportamento agressivo de seus filhos e podem ter permitido que eles agissem agressivamente com seus irmãos e outras crianças. Outro fator é o ambiental e comportamental dos adultos que desempenham um papel de referência na escola e na casa do agressor e da vítima.
O bullying pode ser distinguido de outros tipos de agressão entre alunos:
(1) os comportamentos negativos são intencionalmente direcionados a um indivíduo específico (não é um acidente que esse incidente tenha acontecido);
(2) a natureza repetitiva do bullying (geralmente não é um evento único); e
(3) o desequilíbrio de poder entre os alunos.
Alguns sinais de alerta que a pessoa está sendo vítima de bullying:
Mudança de comportamento;
Recusa de ir ao local em que sofre bullying;
Isolamento e/ou comportamento violento;
Dores físicas (dor de cabeça, dor de estômago, vômito, febre, insônia, mal estar e outros);
Diminuição do desempenho acadêmico, piora na participação escolar e problemas de concentração;;
Choro, tristeza, depressão, ansiedade e falta de engajamento em atividades diversas.
Medo de ir à escola, ir ao banheiro, brincar, andar de ônibus escolar.
Existe também bullying em casos de doenças físicas, mentais, gênero, orientação sexual, raça, cor, sexualidade, entre outros.
Alunos intimidados muitas vezes perdem a confiança em si mesmos e começam a se considerar estúpidos, fracassados ou pouco atraentes. Eles podem até desenvolver sentimentos de culpa por sofrerem bullying (“deve haver algo errado comigo, já que sou eu que estou sendo intimidado”). Embora relativamente raros, alguns estudantes que sofreram bullying repetidamente tentam e realmente morrem por suicídio.
O bullying também pode afetar os alunos que são espectadores. Os alunos que observam o bullying podem se sentir ansiosos (talvez eles sejam os próximos alvos?) ou culpados (por não intervir para impedir o bullying). Com o tempo, os alunos que observam bullying frequente podem sentir cada vez menos empatia pelo aluno que está sendo intimidado.
Os alunos que intimidam os outros são mais propensos a se envolver em outros comportamentos problemáticos, como criminalidade e abuso de substâncias. Um estudo descobriu que, aos 24 anos, os meninos que foram identificados como intimidando outros na escola secundária eram quatro vezes mais propensos a serem condenados por três ou mais atos criminosos do que os meninos que não intimidavam os outros.
É importante que as escolas entendam que, quando iniciam um programa de prevenção ao bullying, o fazem para o benefício de todos os alunos da escola – não apenas para proteger os alunos que estão sofrendo bullying.
Texto fonte e texto que traduzimos:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm
http://maisexpressao.com.br/noticia/bullying-como-os-pais-podem-ajudar-57062.html
https://olweus.sites.clemson.edu/index.php
https://www.violencepreventionworks.org/public/index.page