A temática diversidade abrange diversas questões sociais tais como deficiência, aparência, identidade de gênero, idade, classe social, orientação sexual, religião, nacionalidade/regionalidade e outros. A discussão vem se expandido pela sociedade e nas empresas pelo viés de direito e equidade e não mais como caridade ou favor, construindo, dessa forma, uma cultura de inclusão.
A diversidade corporativa promove uma variação na forma de se pensar, analisar, planejar e agir nas demandas diárias, traz melhorias no clima organizacional, torna os colaboradores mais engajados e motivados e reduz turnover. Estrategicamente, cria-se uma vantagem mercadológica como por exemplo na inovação, na empatia de públicos diversos e no desenvolvimento pessoal e profissional dos colaboradores.
A responsabilidade de implementar e manter a diversidade na cultura empresarial é de todos, não somente do RH ou dos líderes. Uma ação de início para começar a estruturar uma cultura mais inclusiva é com conscientização em forma de palestra, treinamentos, debates, dinâmicas, campanhas educativas, mapear com indicadores o quadro de colaboradores sobre diversidades que existentes e se há sentimento de exclusão/preconceito (verificar taxa de representatividade), estabelecer novas diretrizes para o processo de recrutamento e seleção, criar comitês ou squads a fim de trabalhar a temática na empresa, modificar a política interna ou código de ética e valores, fazer alterações estruturais para inclusões de pessoas com deficiências físicas e ofertas de cursos específicos como de libras por exemplo.
Dessa forma as empresas têm ampliado seu debate sobre diversidade e acessibilidade, promovendo espaços de escuta e debate em que se (re)pensar sobre o multiculturalismo dentro das organizações. As ações precisam ocorrer é um tema extremamente importante atualmente.
Podemos destacar alguns dados estáticos. Willian aborda em relação a cargos de liderança. A população brasileira é composta por 51,7% de mulheres e somente 13,6% ocupam vagas de liderança e 70% recebem da massa salarial obtida pelos homens. Enquanto os negros são 54% da população do Brasil, somente 4,7% ocupam posições de lideranças nas empresas.
Em relação à educação, as mulheres já são mais escolarizadas que os homens, no entanto isso não é refletido no mercado de trabalho. Para regredir tal situação é necessário políticas voltadas para construção de rede de apoio como creche por exemplo, pois a mulher ainda possui um alto índice de tempo dedicado aos cuidados de pessoas e afazeres domésticos.
No tocante ao público LGBTQ+ Willian traz dados os quais revela que 41% afirmam ter sofrido discriminação por sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho; esses dados como outros, explicitam como é importante se trabalhar a conscientização e a educação corporativa.
Se você é um recrutador pense em quantas pessoas negras, LGBTQ+ e deficientes você já entrevistou e análise das vagas que realiza quais são as diferenças salariais entre homens e mulheres.
Tamires Mascarenhas