Olá Leitor, entraremos em um assunto muito interessante: a “Síndrome de Burnout”; e o convidamos para participar desse desenvolvimento informativo. Hoje falaremos do que se trata a síndrome; no próximo texto, vamos esclarecer os sintomas e como reconhecer se você à possui; e na sequência, abordaremos o tratamento. Fiquem de olho e nos acompanhe nessa jornada.
O termo “Síndrome de Burnout” foi desenvolvido na década de 70 nos Estados Unidos por Freunderberger (1974). Ele observou que muitos voluntários com os quais trabalhava, apresentavam um processo gradual de desgaste no humor e ou desmotivação. Geralmente, esse processo durava aproximadamente um ano, e era acompanhado de sintomas físicos e psíquicos que denotavam exaustão. Posteriormente, a psicóloga social Christina Maslach (1981, 1984, 1986) estava interessada nas estratégias cognitivas denominadas ”despersonalização”. Estas estratégias se referem a como os profissionais da saúde (enfermeiras e médicos) misturam a compaixão com o distanciamento emocional, evitando o envolvimento com a enfermidade e se protegendo frente a situações estressantes, respondendo aos pacientes de forma despersonalizada.
A Síndrome é caracterizada por ser o ponto máximo do desgaste profissional, emocional e também físico. É principalmente encontrada entre policias, enfermeiros e professores; neste grupo ainda se encontram, terapeutas ocupacionais, psicoterapeutas, advogados, outros vinculados à saúde mental e até mesmo voluntários. No desempenho de seu trabalho, esses profissionais enfrentam conflitos, ansiedade; impotência relacionada com a forma da organização laboral ou com as características das relações estabelecidas com as pessoas em seu trabalho.
Essa síndrome caracteriza-se através de três dimensões: A primeira, a exaustão emocional, surge quando o trabalhador percebe sua energia esgotada devido ao cuidado diário e o contato direto com os problemas dos clientes, além dos seus próprios. A segunda ocorre um “endurecimento” afetivo e o profissional passa a tratar o cliente e seus colegas como objeto, sem envolvimento. A terceira, a baixa realização profissional, está associada com o fato do profissional não perceber seu trabalho como algo valorizado e reconhecido o que gera insatisfação profissional.
Pode ocorrer com indivíduos altamente motivados e jovens, pois esses, ainda não aprenderam a lidar com as frustrações e com as tensões diárias decorrentes da profissão e reagem ao estresse laboral trabalhando intensamente até que entram em colapso; ou também com profissionais de longa carreira, visto que, se exterioriza após o acúmulo de um estresse crônico, ao longo dos anos de trabalho.
É importante destacar que o impacto não se restringe apenas à vida profissional, mas também a vida pessoal e familiar. Perde-se o interesse pelas atividades diárias, lazer e interação social. Quando o trabalhador encontra um conjunto de tarefas que devem ser cumpridas e executadas, aumenta-se sua carga psíquica. O sofrimento assume proporções patogênicas quando as possibilidades de transformação, aperfeiçoamento e gestão já foram tentadas; restando somente pressões fixas, rígidas, repetitivas e frustrantes, configurando uma sensação generalizada de incapacidade, neste momento, é importante estar em alerta ás essas situações, sensações e sentimentos.
Acompanhem mais informações nos textos que virão a seguir.
REFERÊNCIAS
S/N. S/D. HOSPITAL ALBERT EINTEIN. Sindrome de Bounout. Disponível . <https://www.einstein.br/estrutura/check-up/saude-bem-estar/saude-mental/sindrome-burnout>. Acesso 05 ago 2018.
- FERNANDA, S. MARA e M. GABRIELA. Síndrome de Burnout – a interface entre o trabalho na área da educação e na enfermagem. Revista de Enfermagem. Referência III Série – N° 2. Dez 2010. Páginas 101-109. Disponível: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ref/vserIIIn2/serIIIn2a11.pdf>. Acesso 05 ago 2018.
- LILIANA e C. LUCIA. Atualizações Sobre a Síndrome de Burnout. Universidade de São Paulo, SP. S/D. Disponível em <www.debas.eel.usp.br/~wilcar/BURNOUT-editado.doc>. Acesso 08 ago 2018.
Lícia Marchiori Crespo
Graduada em Hotelaria pelo SENAC, Águas de São Pedro/SP. Cursando o 4º Período de Psicologia pela UNIP, Vitória/ES. Atuou como docente de Hotelaria, SENAC/ES, 2014. Desde 2013, atua em consultorias e treinamentos para Meios de Hospedagem e A&B. Trabalha como voluntária e idealizadora de projetos sociais, nacionais e internacionais, desde 2005.